Num dos meus primeiros anos como treinador, devia ter uns 30 anos, era adjunto do António Luís no Vilanovense, e fomos jogar a Braga contra o Braga B. Eles jogaram de vermelho e o Vilanovense de vermelho e preto, com predominância do vermelho. Estávamos no jogo e tínhamos três jogadores a aquecer. Ele vira-se para a zona onde estavam os jogadores a aquecer e começa: Continue reading
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Nelson Nunes
Nunca fui lá muito convencional no gosto pelo futebol. As memórias aparecem-me à frente como se fossem fragmentos de um álbum de fotografias rasgado em pedaços. Devo ter despertado para a arte de dar pontapés certeiros numa bola aí pelos meus seis ou sete anos, com as partidas a que o meu padrasto assistia com afinco. Via-o sempre torcer pelos clubes mais fracos – menos quando jogava o Continue reading
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Rui Dias
Depois de um dia muito cansativo a editar um filme nos estúdios Babelsberg, que ficam situados em Potsdam, nos arredores de Berlim, decido ir jantar uma sopa maravilhosa ao Monsieur Vuong, o melhor restaurante vietnamita em Berlim e para mim o melhor restaurante oriental do mundo, quando o meu telefone toca. Olho para o número e percebo pelo indicativo que não era alemão. Continue reading
Mundo Segundo
O futebol!!!
Esse desporto fantástico que me fez e faz sonhar e vibrar desde miúdo. A razão pela qual conservei fortes laços de amizade para a vida!
Ele é o meu canto sagrado onde choro, rio, liberto frustrações e partilho alegrias. Continue reading
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Guilherme Cabral
Há uns meses fui ver o Benfica-Galatasaray com um colega meu. Nessa altura já não me convinha ir sozinho aos jogos, tinha de andar sempre acompanhado por estar a ser seguido no cardiologista devido a uns pequenos problemas de saúde. Também já tinha tomado um calmante e sempre que tomo essas porcarias não convém conduzir, como é óbvio. Então o Edhy levou o carro. Ele saiu Continue reading
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Paulo Grilo
Estive ligado ao Toni durante seis anos, ele é uma figura fantástica. Vou contar uma história que, para mim, se não for a melhor história de futebol de sempre, está no top de certeza absoluta. Estávamos no Irão, no Tractor, a lutar para sermos campeões. Mas na altura passámos por uma fase em que se meteu a Liga dos Campeões pelo meio do campeonato e em duas semanas estivemos três jogos sem Continue reading
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Douala
Às vezes dizem que o amor pela camisola ou pelo futebol é mais importante do que o dinheiro, mas é mentira. No Verão de 2005, os ingleses do Middlesbrough estavam loucos para me contratar e chegaram a fazer uma proposta de oito milhões de euros ao Sporting. As duas partes chegaram a acordo, mas a única pessoa que não quis ir para lá fui eu. Estava feliz no Sporting e em Lisboa com a minha família, queria jogar a Liga dos Campeões e ir ao Mundial com a Selecção camaronesa.
Os ingleses fizeram tudo para me convencer, pediram a algumas figuras do futebol português e camaronês para me ligar e até tentaram conversar com a minha ex-mulher. Queriam pagar-me o dinheiro que quisesse e dar-me quatro anos de contrato, mas a minha cabeça estava no Sporting. No final, fomos eliminados pela Udinese na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, os Camarões falharam o apuramento para o Mundial e, alguns meses depois, dispensaram o Peseiro, um treinador que me dava uma confiança total.
No final da época de 2005/06 o Middlesbrough ainda me queria mas, o treinador que me queria mais que tudo, o Steve McLaren, saiu e, um dia antes de ir lá assinar com eles, entrou outro treinador, que tinha outro jogador na cabeça. Fiquei sempre marcado por esta oportunidade ter sido recusada. A partir deste episódio andei de empréstimo em empréstimo. Às vezes até choro a pensar nisto, era o contrato da minha vida. Tenho a certeza de que se tivesse aceitado aquela proposta a minha carreira teria outro final muito mais feliz.
Jogou apenas duas épocas no Sporting, que acabou por emprestá-lo ao Portsmouth. Depois passou por Saint-Étienne, Asteras Tripolis, Plymouth e Lierse, onde terminou a carreira profissional.
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Dani
Quando cheguei a Amesterdão, o Van Gaal disse-me que tinha de me habituar à forma de treinar e de jogar do Ajax. Ter outra atenção à posse, perder o mínimo possível a bola e fazer uma circulação com outra qualidade, com mais velocidade, e um ou dois toques, recepção orientada e depois passe. Respondi-lhe: “Vocês contrataram-me depois do que viram no Mundial do Qatar, pelas minhas jogadas Continue reading
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Hugo Leal
Na época 2004/05 assino pelo FC Porto. Faço um contrato de quatro anos e, curiosamente, na negociação das verbas, o clube apresenta-me uns valores e eu negoceio por baixo. Ou seja, exactamente o contrário daquilo que seria o normal. O FC Porto estava a oferecer-me um bom salário base, mas queria optar por outro formato de contrato. Então reduzi o salário base e aumentei muito Continue reading
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