Quando estava na Coreia do Sul fui inaugurar uma loja da Adidas, que era o principal patrocinador da nossa equipa, com uns sete ou oito colegas. Fomos para uma rua que, como lá acontece em todo o lado, era muito povoada. Tinha muita gente, mas muita gente mesmo, era uma coisa impressionante. O autocarro estacionou um pouco afastado da loja, nós saímos e quando dou por mim estava no meio de um cordão feito por aqueles gajos de auricular, parecia uma estrela de Hollywood! “Mas o que é isto? O que é que se está a passar?” Fomos passando até que houve uma miúda que conseguiu furar o cordão que os seguranças estavam a fazer, toca-me no braço e começa aos gritos de uma forma completamente histérica! “Por amor de Deus, tem calma! Só jogo à bola, não descobri a cura para o cancro ou algo parecido.” Foi assim uma coisa muito estranha, dos momentos mais marcantes da minha passagem pela Coreia do Sul.
Uma das minhas condições antes de assinar contrato foi ter um tradutor. Queria levar a minha família, e levei. Eles adaptaram-se magnificamente lá. Os coreanos são fantásticos, pessoas super educadas. Têm a sua cultura mas nós é que temos de nos adaptar, nós é que estamos lá. Mas correu tudo muito bem e essa foi uma das minhas condições, assessoria 24 horas por dia. Os meus meninos eram pequeninos, um tinha quatro e outro tinha dois anos, agora tenho a menina mas não tinha na altura, e precisava de ter um tradutor. Depois nem todos falam inglês. Eles diziam muitas vezes wike. E eu: “Wike? O que é isso?” Então era para se referirem à minha mulher, “wife”. Era um inglês assim muito pouco perceptível, mas é um país em franca evolução e todos os jovens falam inglês e melhor que eu. Os coreanos mais “comuns” é que só falam coreano e têm um grande orgulho nisso.
Estive lá três épocas, entre 2005 e 2007. Em termos desportivos ganhámos uma Taça e nesse jogo os adeptos deram-me uma camisola com as bandeiras coreana e a portuguesa juntas que guardo religiosamente e foi um momento inesquecível. E ter a minha bandeira, a bandeira do meu país, num estádio com 50/60 mil pessoas e seres o único português lá é algo de indescritível. Foi muito bom.
Médio com uma técnica acima da média, representou clubes como Boavista, Braga e Rio Ave, além de ter jogado em França, no Montpellier, e três anos na Coreia do Sul, no FC Seoul.
O Ricardo desde pequenino já era craque, em qualquer equipa, era ele é mais dez e por todos estes comentários aqui feitos não me espantam nada. Boa sorte para a vida, felicidades.
Sou pesca ex companheiro no trofense, sen subida o jogador con mais clase que EU conheco. Pon a bola onde ele.queree
Um mágico da bola que tive o prazer de ver jogar no Desportivo das Aves
Levei uma cueca tua quando jogava no Perafita. É só reparei que eras tu após procurei o “tipo” que me tinha feito semelhante xD
Grande jogador que tambem representou o F.C.MAIA
Ricardo ainda hoje és muito querido na Korea do sul e digo isto por experiência,quando diversos koreanos me dizem pessoalmente que tu ės o seu idolo,não me surpreende o sentimento que tens por este país,um grande abraço.