Quando fiz o primeiro estágio pelo FC Porto em França, com 18 anos, calhou-me como colega de quarto o famoso Paulinho Santos. Confesso que quando olhei para o papel na recepção do hotel fiquei cheio de medo! Dirigi-me ao Paulinho, receoso, e lá lhe disse “Senhor Paulinho, somos os dois no quarto”, ao qual ele respondeu: “a sério? Então leva-me o saco que estou à rasquinha das costas”
Carolina Torres
Num país que vive tão intensamente o futebol era difícil ficar de parte e, portanto, não me safei, sou do FCP. Não foi por acidente ou falta de escolha, apesar dos ferrenhos da minha família fazerem sempre “aquela” pressão. Foi sim pelas vitórias que contávamos juntos como família. Ouvi sempre falar bem do nosso Porto. Bela cidade e bela equipa. Portanto, a decisão foi muito fácil. Principalmente
João Coimbra
Após a minha estreia a titular nas competições europeias pelo Benfica, em Paris, contra o Paris Saint-Germain, onde apesar da derrota por 2-1 realizei uma boa exibição, recebemos o União de Leiria em casa. Estou no banco e o mister Fernando Santos chama-me para entrar a 20 minutos do fim, numa altura em que estávamos a ganhar por 1-0. Estou perto dele, pronto para ouvir as indicações,
Domingos Amaral
A família dos meus avós paternos era de Guimarães. Tinham uma quinta e nós íamos lá sempre passar o mês de Setembro. Iam os netos: eu, os meus irmãos e os meus primos. Divertíamo-nos imenso, desde os meus 4 ou 5 anos que ia para lá. O irmão do meu pai, que se chamava João e era 7 ou 8 anos mais novo que ele, adorava futebol. Então, a partir de certa altura, tinha os meus 5/6 anos,
Dinis
Quando estava no Beira-Mar fomos jogar a Braga e estávamos no quarto andar de um hotel a olhar cá para baixo à espera que um colega nosso saísse da recepção, tínhamos-lhe pedido para ir lá abaixo comprar umas revistas. Na altura usávamos um fato de treino todo preto com umas riscas amarelas, já era assim ao cair da tarde, e estávamos à espera que ele aparecesse para lhe mandarmos
Ana Bacalhau
A minha relação com o futebol é “emprestada”. Veio através da família, da forma como as pessoas mais próximas viviam o desporto e de como essa vivência se foi infiltrando em mim, ajudando a criar memórias fortes que são a base daquilo a que poderei chamar “a minha relação com o futebol”.
Quanto ao desporto em si, sei o básico e percebo o fascínio que desperta em muitos, mas nunca
Luís Vidigal
Tantos anos depois, há a possibilidade de revelar aqui uma história interessante, que muito provavelmente para outras pessoas até seria motivo para se valorizarem e promoverem. Podia perfeitamente tirar proveito dela, mas guardei-a para mim e nem toda a família sabe! Refere-se à época de 2003/04, na altura actuava no Nápoles.
Álvaro Costa
Nos anos 70, o Avenida de Vila do Conde, casa do Rio Ave de então, que ficava paredes meias com a minha, era uma espécie de micro Monumental de Núñez. Um misto de lota espiritual, jaula piscatória e templo Hindu. Na curva do desespero, bancada colocada junto à baliza sul, juntava-se uma fauna que em muitos aspectos poderia ter sido parte do universo mágico-argentino de Cortázar ou
Toni
Esta história remonta a 1970. Foi em Janeiro, num Benfica-Belenenses a contar para o campeonato. Chovia, o resultado continuava a zero e não estávamos a jogar nada. O árbitro, o já falecido João Nogueira, de Setúbal, tinha mostrado o vermelho a dois jogadores do Benfica, o José Torres e o Malta da Silva, e tudo isto contribuía para o descontentamento dos nossos adeptos. Até que, depois de mais
Fernando Ribeiro
As nossas peladinhas em tournée têm diversos acontecimentos um bocadinho estrambólicos. Agora já não, mas antigamente nas tournées havia sempre um dia de folga, que equivalia a fazer o menos possível. Mas alguém arranjava sempre uma bola de futebol, andávamos com uma, ou comprava-se e organizava-se ali um mini-torneio das nações.
Filgueira
Iniciei a época 2003/04 a recuperar de uma lesão, fui operado ao menisco, depois também tinha problemas de cartilagens, ligamentos, aquelas coisas todas. Não correu muito bem, fiquei de fora e comecei a treinar limitado. Tivemos uma mudança de treinador, saiu o Manuel José e entrou o Inácio e eu já quase não treinava. Quando foi o jogo em que acabei por chegar aos 400 jogos,
Nuno Artur Silva
Fui educado em duas religiões, o catolicismo pelo lado da minha mãe e o benfiquismo pelo lado do meu pai. No catolicismo confesso que, acho que ainda antes de fazer a primeira comunhão, já não acreditava muito e portanto, logo que pude, escapei desse universo. O futebol durou mais. Lembro-me que tive mais emoção a entrar no Estádio da Luz do que a entrar na Basílica da Estrela,
Fernando Aguiar
Nós temos a mania de andar com aqueles sacos onde levamos o perfume, o shampoo e alguns objectos pessoais, e no balneário costumamos brincar, há sempre aquelas partidas de meter espuma de barbear nos sacos dos colegas.
Um dia, estava no Beira-Mar, acabámos o treino e dei boleia ao Ricardo Sousa. Estavamos sempre com pressa para ir para casa, para não apanhar trânsito,
Carlão
Estádio da Luz, fase de grupos da Liga dos Campeões, com o Barcelona. Era o Barcelona do Eto’o e de muitos mais, muitos cromos. Era aquele jogo que à partida já estava assim meio lixado e só consegui ver para aí três minutos. Estavam uns gajos numa fila abaixo, ou na nossa mais ou lado, já não sei, gajos do Benfica que mal o Eto’o se aproxima da nossa área começam a fazer aqueles sons
Hugo Leal
Na época 2004/05 assino pelo FC Porto. Faço um contrato de quatro anos e, curiosamente, na negociação das verbas, o clube apresenta-me uns valores e eu negoceio por baixo. Ou seja, exactamente o contrário daquilo que seria o normal. O FC Porto estava a oferecer-me um bom salário base, mas queria optar por outro formato de contrato. Então reduzi o salário base e aumentei muito