Estava eu no Freamunde, na altura na II Liga, o treinador era o Jorge Regadas e tínhamos jogadores como Bock, Filipe Pastel, Rabiola, Barbosa, Tó Figueira, Bertinho, Cuco, entre outros. Estávamos na pré-época quando chega a Freamunde um brasileiro. Era a altura das grandes festas de Freamunde, as Sebastianas. Então o treinador adiou o treino de quinta-feira de manhã para a tarde, já para estarmos um pouco mais à vontade nas festas.
No dia seguinte, treinámos então às 16h. O Jorge Regadas passa por esse jogador e pergunta-lhe:
– Então? Dormiste bem?
Ele responde:
– Sim. Estou um pouco confuso ainda por causa do fuso horário.
E o Jorge Regadas:
– Imagino. Hoje eram 8h da manhã e ainda não tinhas encontrado a tua casa…
– Sim, Freamunde é um pouco confuso!
Foi uma risota! Esse jogador tinha chegado há dois dias, tinha treinado connosco, foi dar uma volta pelas festas, o pessoal de Freamunde reconheceu-o, levou-o para um bar que é o Gardens e lá ficou até de manhã.
Resumindo, éramos uma equipa muito familiar. E isto foi visto como algo a não repetir mas foi muito engraçado.
Depois de ter passado pela I Liga com as camisolas do Leixões e do Penafiel, o lateral esquerdo foi uma das figuras da liga 2016/17 ao serviço do Chaves e o único totalista nas 34 jornadas.
Para um País onde a partir dos 30 anos um jogador é velho, ai está a resposta de que velhos são os trapos