Passei cinco anos muito felizes no Benfica. O Silvino era o meu grande amigo. Recordo as duas finais da Taça dos Campeões com muita saudade. Perdemos as duas, mas tivemos muito mérito em chegar lá. Nunca vou esquecer como era entrar na antiga Catedral, aquelas enchentes nas meias-finais com o Steaua de Bucareste e o Marselha… Durante cinco anos fomos uma das melhores equipas da Europa. E a época 1989/90 para mim foi a melhor: fui o melhor marcador do campeonato, com 33 golos em 32 jogos. Essa época é inesquecível. Voltámos à final da Taça dos Campeões e o AC Milan tinha uma grande equipa. Nunca me vou esquecer.
Não me sentia uma estrela. Sentia-me muito feliz a jogar com Valdo, Mozer, todos aqueles craques. Fui de um clube pequenino, o Malmö, para o Benfica e sentia-me muito feliz por jogar ali, nunca pensei que era uma estrela. Mas nessa final aconteceu uma coisa que me fez pensar que afinal também podia ser uma estrela: foi quando o Marco Van Basten no final do jogo me pediu para trocar de camisola com ele. Foi assim… “Ahhhh, se calhar também sou uma estrela!” Guardo essa camisola com muito valor, tal como a do Jean-Pierre Papin.
No início dos jogos pensava com quem queria trocar a camisola e falava com eles antes do jogo para trocar. Pedi ao Papin, ao Terry Butcher, depois de um Suécia-Inglaterra, e naquela final foi o Van Basten a pedir-me…
Quando joguei contra o Brasil no Mundial de 1990 – só joguei a primeira parte, depois saí lesionado e não joguei mais nesse Mundial – troquei a camisola com o Tita, que era o número 20, tal como eu. Ainda tenho essa camisola e tem uma história. Há uns anos o Brasil veio jogar um amigável contra o Iraque em Malmö, porque há aqui muitos iraquianos, e estive com um amigo no estádio, que levou essa minha camisola do Brasil do Mundial de 90 ao balneário para eles assinarem. O seleccionador do Iraque era o Zico, que também assinou, mas depois pediu ao Kaká, Neymar, todas essas estrelas. Agora estou casado com uma brasileira, ela é santista, foi lá comigo e toda a equipa autografou essa camisola.
Internacional sueco, duas vezes campeão em Portugal, foi durante muitos anos o melhor marcador estrangeiro do Benfica, com 84 golos, entretanto superado por Cardozo e Jonas.
Partiram a perna ao Diamantino em pleno estádio da Luz,não em Guimarães.
O jogo foi contra o Guimarães,isso sim.
Foi o Adão.
Outro pormenor; esse jogo não foi em 1990,mas sim em 1988.
Eram outros tempos. Havia muita vontade de viver e vencer. E se não tivessem partido a perna ao Diamantino em Guimarães.!! A final de 1990 era nossa.!!! Gostei muito de ver o Magnusson a jogar. Que grande ponta de lança. Benfica sempre.