José Fonte

Depois de ter jogado no V. Setúbal, que foi quando me estreei na I Liga pela mão do treinador Luís Norton de Matos, recebi algumas propostas. Estava em Liège para assinar pelo Standard, com o Michel Preud’homme e o Luciano D’Onofrio, já com o contrato à frente, quando recebi uma chamada do presidente Luís Filipe Vieira, que me perguntou:
– O que é que estás aí a fazer?
Respondi:
– Presidente, vou assinar. Tenho o contrato à frente e agora não posso sair daqui. Não tenho outra hipótese.
E ele só disse:
– Vais fazer o seguinte: pede 24 horas.
Foi o que fiz. Desliguei o telefone, disse que precisava de 24 horas para pensar melhor e apanhei o primeiro avião para Lisboa. Foi uma situação engraçada, de algum stress, mas acho que o facto de assinar pelo Benfica tem um grande peso para qualquer jogador.
Fui emprestado ao Paços de Ferreira, fiz praticamente todos os jogos e no final dessa época fiz uma digressão em Moçambique pelo Benfica. Foi espectacular, as coisas correram-me muito bem. O treinador era o Ronald Koeman, com quem trabalhei mais tarde no Southampton, que saiu no final da época e foi contratado o mister Fernando Santos. Infelizmente tive uma lesão que me prejudicou nessa fase, mas acho que deixei boa impressão. No entanto decidimos que para mim o melhor seria sair para jogar regularmente e fui emprestado ao Estrela da Amadora, onde eu e o Amoreirinha, também cedido pelo Benfica, fizemos uma das melhores temporadas das nossas carreiras. No final dessa época tinha esperança de ficar no Benfica mas não foi possível e decidi tentar outros campeonatos. Foi aí que apareceu a oportunidade de ir para Inglaterra, para o Crystal Palace, que me permitiu crescer e chegar à Premier League.


Campeão europeu, como sénior passou por Sporting B, Felgueiras, V. Setúbal, P. Ferreira e E. Amadora até chegar ao Crystal Palace. Continua em Inglaterra, como capitão do Southampton. Facebooktwitterlinkedinmail

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