João Moreira

Ora, sendo eu adepto fervoroso do Clube de Futebol União de Coimbra, agremiação desportiva fundada em 1919, seria normal que papasse todos os jogos em casa. Uma vez que os pretos (Académica-OAF) se abocanharam do Calhabé (hoje conhecido como Estádio Cidade de Coimbra) que é de todos, lá íamos jogando no Estádio Sérgio Conceição, na mui próxima vila de Taveiro, enquanto as obras de melhoramento do Campo da Arregaça não se concluíam. Embora a distância à referida vila obrigasse a uma deslocação de carro, bem material que não possuía então, lá conseguia convencer/cravar boleia aos poucos amigos unionistas que ainda resistem. Afinal de contas, era o ano da subida: o União ocupava o primeiro lugar destacado e ameaçava um regresso aos nacionais.

Numa das últimas jornadas em casa, o União lá logrou esse êxito. Tarde de grande contentamento com direito a We Are The Champions, como seria de esperar. Duas semanas depois, o jogo de consagração em casa. Cumpriu-se o calendário e houve porco no espeto, com jogadores e adeptos a comungarem do mesmo bicho!

Mas, meses volvidos, a notícia inesperada: por motivos fiscais, o União não se poderia inscrever enquanto clube profissional nos campeonatos nacionais. Caiu por terra o sonho dum regresso à Primeira Divisão, tendo mesmo terminado a equipa sénior. Grande dia de desgosto que só ultrapassei com ajuda de Havana Club. Desde então (2009) nunca mais fui ao futebol.


É o pai de Bruno Aleixo e com Pedro Santo, o Busto, apresentou Anti-Social, na SIC Radical. Foi também vocalista dos The Macaques, função que diz ter abandonado por motivos pessoais (e não só).

Foto: Carlos Barradas Facebooktwitterlinkedinmail

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