Como é sabido, pelo menos no meu círculo de amigos mais próximos, não sou grande apreciador de futebol e isso deve-se também a não saber jogar. Nasci perto de um campo de râguebi, na Lousã, e a primeira bola que chutei não era redonda, era oval. Para mim é fácil pegar numa bola de râguebi e colocá-la em qualquer parte do campo, mas com uma bola redonda é muito mais difícil.
Na RTP há uma poderosíssima equipa de futebol e, uma vez, o Carlos Daniel, conhecido entusiasta e grande conhecedor destas coisas da bola, insistiu muito comigo para irmos fazer um jogo de beneficência, um jogo de futebol de 11. Disse-lhe: “epá, ó Carlos, eu não sei jogar à bola.” Ele não acreditou e levou-me. Éramos só 11 e a meio do jogo o Carlos vira-se para mim, furioso, e diz-me: “é melhor jogarmos com dez do que estares aqui dentro do campo sem conseguires acertar na bola!”
Como desporto tem o meu respeito, como negócio em que se transformou tenho muitas reservas e prefiro continuar a ser praticante de automobilismo num nível discreto e, de vez em quando, pelo menos uma vez por ano, fazer um jogo de veteranos com a equipa de râguebi da Lousã, que continua a ser uma grande equipa e me vai convidando para fazer um encontro com os mais velhos.
No futebol tenho poucas experiências, pouquíssimas experiências, nem na praia, e essa, que foi mais a sério, deixou aqui um aviso na RTP e mais ninguém me convidou para jogar na fantástica equipa de futebol.
Uma das caras mais conhecidas da informação da RTP, já publicou dois livros e é piloto de ralis, com participações regulares em provas do WRC.
Podia improvisar, lembra-se que eu improvisei a um seu desafio?! Abraço.