Jaime

A vitória do Belenenses na Taça de Portugal da época de 1988/89, frente ao Benfica, começou pela táctica do Marinho Peres. Começámos a jogar com dois laterais direitos, três centrais, dois laterais esquerdos, dois trincos e o Chico Faria na frente para se safar. Ficámos surpreendidos porque nunca tínhamos jogado assim, mas deu resultado.
O jogo correu bem, tivemos a sorte e o mérito de o ganhar, todos os jogadores ficaram de parabéns, tal como a equipa técnica. Depois fomos para Belém, onde houve uma festa em frente ao jardim para festejarmos com os adeptos: todos a comer e a beber, a Taça ia passando de jogador para jogador até que acabou na mala do carro do Jorge Martins. Dali era para irmos para o Estádio do Restelo. Depois: “Ah, vamos beber mais um copo.” E fomos quase todos, jogadores e alguns directores. E fomos para o Elefante, que era uma coisa branca…
Começámos a beber champanhe e cerveja pela Taça, dávamos uns goles e passávamos a outro, foi uma festa engraçada, todos contentes e satisfeitos pela vitória. E metemos outra vez a Taça no carro do Jorge. Os directores ficaram preocupados, andaram dois ou três dias à procura da Taça e nós lá pensámos: “Epá, temos de entregar a Taça porque isto ainda vai dar um problema muito grave.”
Foi uma brincadeira, no final demos a Taça, correu tudo bem e lá foi para o museu depois de ter corrido Lisboa inteira naqueles cafés à noite.


Depois de se ter estreado na I Divisão pelo Amora, em 1981/82, passou nove épocas no Belenenses e chegou à Selecção principal, pela qual foi 9 vezes internacional. Facebooktwitterlinkedinmail

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Um comentário sobre “Jaime

  1. Gostei muito de o ter como jogador do meu Belenenses, mas tenho a certeza que merecia mais. Grande jogador. Abraço JAIME.

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