Uma das histórias mais engraçadas que me aconteceu foi quando o Sporting ganhou a Taça de Portugal, em 1995. Ganhámos 2-0 ao Marítimo e no final fui um dos escolhidos para ir ao controlo anti-doping. Fomos quatro, dois de cada equipa, directamente para uma sala com os médicos. Não tenho a certeza, mas acho que um dos jogadores que também foi sorteado foi o guarda-redes do Marítimo, o Everton. Os outros três fizeram o xixi e foram-se embora e eu fiquei lá. Fiquei horas e horas dentro da sala com os médicos para me fazerem o controlo, só consegui fazer passadas três ou quatro horas!
Todos os meus colegas foram festejar, nem sei para onde foram, e eu com aquele atraso perdi alguns dos festejos da Taça de Portugal. Sei que foram jantar e só mais tarde é que me juntei a eles. E é uma história engraçada porque marquei os dois golos desse jogo e fiquei ali retido no Jamor. São regras que têm de ser cumpridas…
Mais tarde vinguei-me e festejei no Marquês de Pombal quando ganhámos o campeonato. Não há palavras para explicar o que sentimos quando somos campeões. Ainda por cima era estrangeiro, estava há tantos anos em Portugal e queria muito ganhar o campeonato. Aconteceu no final da minha carreira, mas fiquei muito feliz. Foi uma coisa inexplicável. Fomos para o Estádio de Alvalade, dali para o Marquês de Pombal, depois disseram-me que estava lá uma grua e, como era o capitão de equipa, fui o escolhido para colocar um cachecol na estátua. Naquele altura nem pensei duas vezes! Foram momentos muitos bons da minha vida, que vou recordar para sempre.
Chegou ao Sporting em 1991 e representou o clube durante uma década. Fez parte de uma fantástica geração do futebol búlgaro e marcou presença em dois Mundiais e num Europeu.
Grande iordanov! Nunca foste grande craque mas esse teu amor à camisola vai fazer-te ficar na história do grande sporting. Estava lá quando subiste ao marquês. Um abraço desde Angola!