Quero começar por esclarecer o meu apelido. Era Forbs, mas quando recebi a nacionalidade Portuguesa meteram um “E” e agora escreve-se Forbes. Quando vim para o Bombarralense ainda trabalhei uma semana como pintor de automóveis e conciliava com o futebol. Comecei na III Divisão e em duas épocas já estava no Sporting. Vinha com vontade de vencer e tinha a adversidade de ser estrangeiro. Tinha de “dar o litro”, mas sempre com muita humildade e a respeitar tudo e todos. O futebol sempre foi a minha vida. Comecei aos seis anos e com 16 já jogava na divisão maior do futebol da Guiné. Joguei no Sporting em 84/85 e 85/86, depois fui emprestado ao Portimonense por duas épocas, onde joguei com o César Brito e com o Pacheco, por exemplo, e voltei a Alvalade.
Mais tarde, no Boavista, passou-se uma história engraçada. Era um jogo para as competições europeias, Taça UEFA, contra o Karl-Marx-Stadt. Na viagem para a Alemanha esqueci-me do passaporte em casa, em cima da mesa, e quase que não segui viagem com a equipa. A minha mulher teve de ir de táxi para o aeroporto levar-me o documento e acabou por correr tudo bem. Só a eliminatória é que não foi feliz. Lá perdemos 1-0 e cá ganhámos pelo mesmo resultado. Fomos a prolongamento, o João Pinto ainda bisou e colocou-nos em vantagem, mas eles acabaram por fazer o 2-2 e passaram.
Esteve três épocas no Sporting, depois de ter representado Bombarralense e Peniche. Jogou ainda no Portimonense, Boavista, Braga, Penafiel e terminou no Tirsense, em 1997/98.