Ana Dias

Embora nunca tenha sido uma adepta ferrenha, o futebol sempre esteve muito presente na minha vida. Sou do Futebol Clube do Porto, primeiro porque sou de lá e depois porque o meu pai, que é um apaixonado pelo futebol, me passou um bocadinho dessa paixão. Quando era adolescente passei pela ginástica acrobática do FCP, como atleta do clube, onde assistia quase todos os dias aos treinos da equipa principal. Era sempre uma emoção ver os meus jogadores preferidos! Parti o meu braço direito nessa altura, tinha eu 15 anos, e fazia fisioterapia com os jogadores, o que era espectacular. Na altura cheguei a conhecer o Deco, o Drulovic, o Jorge Costa e, timidamente, a pedir-lhes um autógrafo, que ainda guardo! Mais tarde também fui cheerleader e quando foi a inauguração do Estádio do Dragão cheguei a ser uma das meninas que levava uma bandeira do clube para o relvado…
Mas a história de futebol que marcou um dos mais importantes momentos da minha vida profissional passou-se há relativamente pouco tempo, no Europeu de futebol de 2012, na Polónia. Foi a primeira vez que estive numa competição internacional e foi também a primeira vez que saí do meu país para assistir a uma competição europeia e… nem sequer era para apoiar Portugal, mas sim a selecção treinada pelo pai do meu grande amigo Luís: o grande Fernando Santos, que estava a treinar a Grécia! Quem diria que eu um dia estaria a apoiar a selecção que derrotou Portugal na final do Euro 2004? Era o jogo de abertura do Euro 2012, Polónia – Grécia, e, portanto, o Estádio Nacional de Varsóvia estava completamente cheio! Fui vestida a rigor e vibrei imenso como uma real adepta da selecção grega! A Grécia empatou 1-1 mas a experiência foi inesquecível. Não só por ter sido um jogo muito intenso, mas também por toda a história que vem a seguir.
Como fotógrafa profissional, um dos meus grandes objectivos de carreira era fotografar para a Playboy. E foi na Polónia, quando estava no aeroporto para regressar a Portugal, que vi pela primeira vez um concurso de fotografia na Playboy polaca. O concurso já tinha expirado, mas fez-me acreditar que era possível concorrer e ver o meu trabalho publicado na revista. Quando cheguei a casa, fiz uma pesquisa intensiva de todos os países que tinham Playboy e encontrei um concurso de fotografia na Playboy da Sérvia, o Fotoerotika Konkurs 2012. Participei e fui uma das premiadas. Foi isso que abriu as portas para a minha entrada na Playboy. Graças a este dia, hoje colaboro regularmente com mais de 18 países como fotógrafa da Playboy.


Fotógrafa profissional desde 2009, colabora com várias edições da revista Playboy e é directora de arte da INSOMNIA Magazine. Facebooktwitterlinkedinmail

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