Quando cheguei ao FC Porto, muitos jogadores tomavam cafeína para ficarem mais alerta no jogo e tal, essas coisas. É normal, todo o mundo toma. Fui tomar uma cafeína, meu irmão, e travou a minha barriga, a bexiga. O jogo era até nas Antas. Aí, com o jogo rolando, fui lá no banco fingindo que estava machucado. E aí o Mourinho: Continue reading
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Júlio Machado Vaz
Meu Pai era portista e sócio. Jogara nos infantis e era detentor de um pé esquerdo temível, mas os centímetros tinham-lhe virado as costas e o treinador decretara-o incapaz de suportar os choques (quem sabe se não perdemos um precursor do Chalana vestido de azul e branco?). Entalado por sogra, mulher e filho vermelhos – com que prazer utilizo palavra então suspeita… – aceitava o seu estatuto Continue reading
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Slimmy
A minha história relacionada com futebol começa muito cedo, vem do divórcio dos meus pais quando tinha cinco anos. Somos três irmãos, três pilas, o nosso programa de fim-de-semana era irmos às Antas. Mesmo com os meus pais divorciados, almoçávamos juntos, isto na altura em que os jogos começavam às 15h00, depois a minha mãe ia com os meus irmãos para a bancada, eu ia para os Continue reading
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Futre
Estava com 18 ou 19 anos e, na altura, o Futebol Clube do Porto tinha de fazer uma digressão a Paris, íamos jogar futebol indoor. Aquilo eram dois ou três jogos e tinha de ir eu e o Gomes, porque o cachet era maior se fossemos.
Na véspera da ida jogámos com o Salgueiros, lá no Salgueiral. Muita porrada, deram-me cabo dos Continue reading
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Miguel Sousa Tavares
O meu filho mais novo fez agora seis anos: está a entrar na idade em que deve começar a ser introduzido a alguns dos horríveis rituais machistas lusitanos. O futebol, por exemplo.
Um dia destes, pego nele pela calada e aí vamos nós para Santa Apolónia, apanhar o Inter-Cidades para o Porto, a caminho do Santuário das Antas, do ronco do Dragão e do perfume do Jardel – nome Continue reading
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Rui Reininho
Recordo uma viagem que fiz a Itália a convite da Federação e foi muito engraçada porque fiquei a conhecer aquela gente toda ligada ao mundo da bola. Foi um Itália-Portugal, de qualificação para o Mundial de 1994, nos Estados Unidos, em que perdemos 1-0 no San Siro. Estava nos tops em 92, com o Rock in Rio Douro, era uma pessoa importante nas comitivas, e foi muito divertido. Conheci o Jorge Continue reading
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Domingos Paciência
Há um momento da minha carreira, na transição de júnior para sénior, que acaba por ter muita influência no meu futuro como jogador. Vinha da formação de iniciados e juvenis e não tinha jogado muito e como júnior cheguei a andar a treinar como guarda-redes. Em virtude da falta de jogadores para essa posição pediram-me para ir para a baliza. Foi um período de desânimo e de algum Continue reading
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Ricardo Gomes
Uma das coisas mais marcantes a que assisti aconteceu no FC Porto-Benfica em que ganhámos 2-0, em 1991. Foi uma vitória que nos deixou muito perto de conquistar esse título. Um jogo dificílimo, o Porto tinha um bom time. O ataque era Kostadinov e Domingos, Vitor Baía era o goleiro e a zaga era Geraldão e Aloísio. Que bela zaga! O Artur Jorge era o treinador do Porto, a gente com a dupla Continue reading
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João Alves
Tenho uma história como jogador, com o José Maria Pedroto. Era um jogo para a Taça de Portugal, contra o Lamego, de onde ele era natural, equipa que estava na III Divisão. Foi na altura do Boavistão, até foi quando ganhámos a primeira Taça de Portugal.
Eu estava tocado e pensava que o mister Pedroto ia dar-me folga nesse dia. Disse-lhe que não estava Continue reading
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Rui Gomes da Silva
PORTO–BENFICA (0-0), 27 DE MARÇO DE 1983. Nasci – como é público, nesta fase de mediatização aguda da minha existência – no Porto, de onde, depois de sete anos no Liceu de Alexandre Herculano, parti, aos dezoito anos, para Lisboa, para frequentar a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Desde então, o que era conseguido com programas de fins-de-semana ou de períodos de Continue reading
Bock
Quando estava nos juniores do FC Porto, dias antes de um jogo contra o Sporting para decidir o título de campeão, fizemos uma partida a um colega que chegava sempre tarde: pusemos um balde de água em cima da porta, sabíamos que ele mal abrisse a porta ia levar com a água em cima porque vinha sempre com pressa. O curioso é que em vez de ser esse meu colega a chegar em cima da hora, eram Continue reading
António Raminhos
Pode existir uma linha muito ténue entre a ingenuidade e a imbecilidade. E o melhor de tudo é quando as duas se encontram. Foi o que aconteceu naquela fatídica tarde de 1998. Com 18 anos, estava a estagiar no jornal A Capital, na secção de desporto, e tinha a primeira saída com um colega. O destino era o Estádio da Luz em ebulição. Contestação dos sócios, Vale e Azevedo a amealhar os primeiros Continue reading
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Domingos Amaral
A família dos meus avós paternos era de Guimarães. Tinham uma quinta e nós íamos lá sempre passar o mês de Setembro. Iam os netos: eu, os meus irmãos e os meus primos. Divertíamo-nos imenso, desde os meus 4 ou 5 anos que ia para lá. O irmão do meu pai, que se chamava João e era 7 ou 8 anos mais novo que ele, adorava futebol. Então, a partir de certa altura, tinha os meus 5/6 anos, Continue reading
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