Hugo Leal

Na época 2004/05 assino pelo FC Porto. Faço um contrato de quatro anos e, curiosamente, na negociação das verbas, o clube apresenta-me uns valores e eu negoceio por baixo. Ou seja, exactamente o contrário daquilo que seria o normal. O FC Porto estava a oferecer-me um bom salário base, mas queria optar por outro formato de contrato. Então reduzi o salário base e aumentei muito os prémios, portanto o meu vencimento dependia do número de jogos que fizesse.

O certo é que não me correu muito bem, não vinha de todo preparado para encarar o FC Porto no seu auge, com Maniche, com Costinha, malta que vinha de ganhar a Liga dos Campeões, pessoal motivado, e eu vinha de um ano no Paris Saint-Germain em que praticamente não tinha jogado e em que tinha sido posto de parte, a motivação não era propriamente a mesma, e competir a esse nível com atletas daquele gabarito era difícil. Tanto que em Dezembro pedi para sair do clube.

Acabei por ser emprestado à Académica, não foi uma saída definitiva, mas ditou muito o que foi o resto da minha carreira, atendendo a que passei de ser um atleta do FC Porto, que estava a jogar a Liga dos Campeões e ganha a Intercontinental, para optar por ir para a Académica, que estava em último. Estranho, não é? Mas já estava numa fase da minha vida em que me importava muito mais estar feliz nos sítios do que a perspectiva de estar no FC Porto, ainda que não estivesse a jogar. Então foquei-me na satisfação pessoal e no bem-estar da minha família. Optámos por Coimbra, era mais próximo de Lisboa, e tinha outra motivação com os maus resultados do clube e o sentir-me útil. No ano seguinte o Co Adriaanse assina pelo FC Porto e eu não era propriamente um jogador com quem ele contasse: nunca me tinha visto jogar, não sabia quem eu era, basicamente a perspectiva era continuar cedido nesse ano e eu, como não queria, cheguei a acordo com o FC Porto.

Tudo isto para vos inserir neste contexto e contar a minha negociação de saída. Tinha mais três anos de contrato, abdiquei dos valores inerentes a esses três anos e a única coisa que pedi em troca foram três lugares de camarote para todo o ano. Acho que o FC Porto sempre teve uma postura fantástica comigo, enquanto lá estive e inclusive depois, senti-me respeitado, mesmo sem estar a jogar e a corresponder às expectativas, portanto foi também a minha forma de agradecer. E não voltei a entrar no Dragão, esses bilhetes foram sempre para amigos.


Estreou-se no Benfica com 16 anos, mas só conheceu títulos nacionais (Supertaça) pelo FC Porto. Passou também por Atlético Madrid e PSG, estando agora ligado à formação do Estoril.
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10 comentários sobre “Hugo Leal

  1. Este Hugo Leal deveria ter vergonha e assumir todos os erros da sua carreira. Trocar o Benfica por uma mão cheia de nada revela bem o carácter do homenzinho. O seu regresso a Portugal para jogar no FC Porto foi mais outra faceta do oportunismo deste falhado profissional.

    • Os referencias por parte dos comentadores lampiões, aqui.., são… fracas, foi um profissional… ou tentou ser!! Como pessoa, nada tenho a dizer, com o jogador, fica o que foi dito pelo Edgar Capote, Alcindo Mamado e Anildo Lima!! Resumo feito!

  2. Meus queridos,estão muito enganados….
    Talvez um dia saibam a verdade!!!!
    Lembrem-se apenas quem era o presidente da altura!!!

  3. Falas bem mas esqueces-te, do que fizeste durante toda a tua carreira, tivestes oportunidades, sem mexeres uma palha, e desperdiçaste todas, porque nunca te esforças-te para tal, por isso este relato teu nunca deveria ser publicado, porque existem milhares de miúdos por esse mundo fora que se esforçam, abdicam de tudo por este sonho, e nunca tiveram metade das tuas oportunidades, esconde-te mas é!!!
    Foste um dos meu preferidos mesmo quando foste para Madrid e depois deste no que deste.

  4. Mostrou como terminou a carreira, como homem de valores sólidos, muito vertical e decidido nas opções e esqueceu-se de contar como iniciou com uma ganância desmedida que, provavelmente o terá transformado naquilo que quer dizer que é agora!!!!

  5. Tivesse respeitado o seu clube de formação e a sua carreira poderia ter sido outra.por muito que se explique nunca vai limpar o rótulo de traidor …

  6. o Hugo Leal teve o destino que ele mesmo traçou, poderia ser um dos melhores jogadores do mundo, tinha todas condições para isso, só não foi por ganância em ganhar muito dinheiro, tendo sido um dos melhores traidores do Benfica.

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